Nos dias atuais, percebemos os desdobramentos de uma revolução que começou recentemente na área da comunicação. No princípio, a ideia era conectar computadores situados em lugares remotos, de forma a possibilitar a comunicação ainda que algum dos pontos fosse retirado. Esse movimento acontecia na década de 1960, no período da Guerra Fria. Naquela época, não se tinha a dimensão da revolução em curso. Nas décadas posteriores, a rede física criada por militares americanos extrapolaria as bases do exército e passaria a conectar também universidades e centros de pesquisas pelo mundo.
Em um destes centros, no CERN, na Suíça, o físico Tim Berners-Lee inventou a World Wide Web, a "teia do tamanho do mundo", conhecida pela sigla www, e para ela o primeiro navegador, que servia também como um editor de conteúdo.
O primeiro site, construído no mesmo CERN foi disponibilizado nesta rede em 6 de agosto de 1991, data que viria a ser reconhecida como o nascimento da internet. A partir de então, a rede passou a ser entrelaçada por dados, informações e conhecimentos produzidos no mundo todo, em diversos contextos. A World Wide Web, ou simplesmente web tomou tamanha dimensão que acabou tornando-se sinônimo de internet, embora tecnicamente não sejam a mesma coisa. A internet é a estrutura de rede, e a web é uma das formas de compartilhamento de informação construída sobre a internet.
A internet conseguiu arrebatar 50 milhões de usuários em seus quatro primeiros anos (W3C, 2008), superando a expansão de outras tecnologias que levaram décadas para ter seu uso disseminado na sociedade.
Uma das inovações técnicas proporcionadas pela internet é a blogosfera, que vem se expandindo de forma vertiginosa desde 1999. O blog é uma ferramenta tecnológica que permite ao usuário publicar conteúdos em uma página pessoal e interagir com outros usuários. Embora não seja possível apontar o número exato de blogs existentes em todo o mundo, estima-se que este número ultrapassou a casa de 180 milhões de blogs ao final de 2011, de acordo com dados da NM Incite (NIELSEN, 2012).
No âmbito do ensino brasileiro, há grande incentivo governamental para a expansão das pesquisas sobre a ciência da web. Em dezembro de 2008, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) aprovou a criação do INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) em Ciência da Web, com sede no Programa de Engenharia de Sistemas e Computação COPPE/UFRJ, que abrange várias instituições. O programa de pesquisa do Instituto está organizado em cinco camadas: Pessoas e Sociedade; Tecnologias de Software para Aplicações na Web; Gerenciamento de Dados da Web; Infraestrutura da Web; Fundamentos da Ciência da Web. Neste cenário, o Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet, pretende proporcionar aos alunos uma vantagem competitiva no âmbito profissional, propondo um curso de curta duração, com conteúdo técnico e teórico específico. Visa formar um profissional da área de computação, com um viés de conhecimento tecnológico bem especializado nas necessidades do mercado que caminha em direção à “nuvem” (RAMIREZ, 2013) e tende, assim, a apresentar cada vez mais soluções tecnológicas disponibilizadas por meio da plataforma web.